O bate-boca e a filmagem das audiências.
Por Marcos Alencar (16.08.2013)
Confesso que fiquei animado quando soube que todas as audiências trabalhistas seriam filmadas e gravadas, tive essa sensação quando vi a instalação de microfones e câmeras em algumas Varas do Trabalho. Pelo andar da carruagem, o projeto foi abandonado frente os entraves do PJE (Processo Judicial Eletrônico).
A prova de que a filmagem realmente atende ao princípio da publicidade e da transparência, está materializada pelas aulas de “desurbanidade” que estamos (quase) acostumados a assistir nas sessões do STF (Supremo Tribunal Federal). Daqui a pouco, o STF vai tomar a audiências dos programas sensacionalistas que rotineiramente passam na TV., envolvendo briga de vizinhos, familiares, enfim.
Ao assistirmos uma sessão dessas, temos motivo para chorar e rir ao mesmo tempo. O choro tem motivo pela razão de estarmos diante da instância máxima do Poder Judiciário e perceber que falta muito no quesito educação para nosso povo. Rir, porque precisamos comemorar a total transparência, pois em tempo real ficamos cientes até dos suspiros dos magistrados.
A audiência trabalhista precisa disso. Com as filmagens, teríamos menos advogados arrogantes, testemunhas mentirosas e juízes arbitrários. Tudo as claras, no mínimo, haveria como se apurar de quem houve ou partiu tal excesso, seria o filme uma fonte de análise de prova para as instâncias superiores, sem contar que o investimento seria baixo. Imagine cada processo tendo um DVD ou um clipe, no caso dos Pjes, seria o máximo da informação.
Muitos fatos e situações sequer ocorreriam, pois o cidadão ao saber que estaria sendo filmado, afora disso àqueles que se acham imortais, certamente o comportamento em mesa de audiência seria outro e todos ganhariam – principalmente o processo, que teria mais verdade nos seus registros.
Compartilhe esta publicação