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Sexta, 26 de julho de 2024

Se coloque na posição do demitido.

Se coloque na posição do demitido.

Prezados Leitores,

Estou aqui me intrometendo no campo dos recursos humanos, mas pela minha lida diária com muitos problemas de relacionamento envolvendo empregados e empregadores, me sinto apto a comentar, para no mínimo gerar o debate ao tema.

Os grandes empregadores possuem departamentos exclusivos de “relacionamento com investidores”, algo acertado, notável. E por que não “relacionamento com empregados” ou colaboradores? [ eu não gosto da expressão colaboradores por ser a mesma extra-legal, mas pode ser também usada]

Percebo que grande parte dos boicotes, sabotagem, corpo mole e adjacentes, até demandas trabalhistas mesmo, decorrem de causas emocionais, do empregado se sentindo desrespeitado e subjulgado no ambiente de trabalho, desprezado vamos chamar assim.

Normalmente a empresa não é gerida pelo dono sozinho, mas por gestores, de vendas, de pessoal, do depósito, da logística, enfim, e estes – sem estarem comprometidos com a memória da empresa – descartam quem não se adequa as regras e diretrizes dos setores.

O descarte acontece como quem desliga uma lâmpada, sem que o Gestor pense um só minuto que quem está sendo demitido é uma pessoa, que tem família, esposa, filhos, amigos, que paga colégio, feira, água, condomínio, energia, prestação do carro, etc….e que a demissão trará um grande stress para o demitido e sua família.

Uma regra básica e facílima de ser aprendida e aplicada para esse “descarte” é o de se colocar no lugar de quem está saindo e sentir ou tentar sentir na própria pele o que significa aquele ato, quais os reflexos e consequências dele.

Agindo assim, as relações de emprego tendem a terminar de forma mais humana e respeitosa, com consideração e preocupação do destino que àquele demitido vai trilhar. Desse modo,  a empresa tende a ser acionada menos, ter menos conflito, gerar um bom relacionamento com os que saem e com os que ficam, pois estes segundos verificam como age a empresa com quem demite, com respeito e consideração.

Várias pesquisas apontam que a realização profissional transcende o recebimento de um bom salário, o que o empregado quer na maioria das vezes é ser tratado com dignidade, importância e ser visto como pessoa e não como um número.

Por isso, deve o empregador por questões humanas investir nesse relacionamento e cobrar de seus gestores esse perfil de tolerância, atenção e respeito com seus subordinados, sendo um pouco deles, ou até pelo interesse financeiro, pois quem age assim, seguindo a risca essa preocupação com o próximo, será recompensado financeiramente com menos ações trabalhistas, a minha expriência me traz essa certeza.

Sds Marcos Alencar 

COMPLEMENTO O POST COM COMENTÁRIO DO LEITOR AMILCAR, EXCELENTE.

Stephen Kanitz relatou o seguinte episódio, por ele testemunhado em Harvard.

Ao ser perquirido, pelo Professor, sobre as medidas que tomaria em decorrência de determinado cenário econômico, assinalou o aluno:

“Antes de mais nada, mandaria embora 620 funcionários não essenciais,
economizando 12 200 000 dólares.”

Ao fim da exposição, eis o que lhe disse o docente:

“-Levante-se e saia da sala.

-Desculpe, professor, eu não entendi – disse John, meio aflito.

-Eu disse para sair desta sala e nunca mais voltar. Eu disse: PARA FORA!
Nunca mais ponha os pés aqui em Harvard.

Ficamos todos boquiabertos e com os cabelos em pé. Nem um suspiro. Meu
colega começou a soluçar e, cabisbaixo, se preparou para deixar a sala. O
silêncio era sepulcral. Quando estava prestes a sair, o professor fez seu
último comentário:

-Agora vocês sabem o que é ser despedido. Ser despedido sem mostrar nenhuma
deficiência ou incompetência, mas simplesmente porque um bando de
prima-donas em Washington meteu medo em todo mundo.

Nunca mais na vida despeçam funcionários como primeira opção. [b]Despedir gente é sempre a última alternativa[/b].

Aquela aula foi uma lição e tanto.”

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