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Sábado, 20 de abril de 2024

O PRIMEIRO DE MAIO E A “INFRA” NA GERAÇÃO DE EMPREGOS.

Por Marcos Alencar 01/05/19.


O dia de hoje é do trabalhador e não do trabalho, porque remonta uma homenagem aos trabalhadores que, com extrema coragem, protestaram contra as jornadas excessivas de labor, as quais ultrapassavam às 17 horas diárias.

Isso ocorreu em 01 de maio de 1886, na Cidade de Chicago (EUA). A Revolução industrial (1780) havia transformado com certa rapidez os métodos de produção (artesanais para industriais) e os Estados Unidos, assim como grande parte da Europa, já sentiam os reflexos disso (1840) na mão de obra.

O Brasil de primeiro de maio de 2019, enfrenta sérios problemas, porque estamos com 14 milhões de desempregados (desde 2016 com mais de 11 milhões) e o nível de acreditação do empresariado e empreendedores (de todos os tamanhos) baixo.

Sem investimento não há negócios e sem negócios não há empregos, ao contrário, temos fechamento de empresas e desemprego. Em 2017 o Brasil evoluiu com a Reforma Trabalhista (Lei 13467/17), mas não se cria empregos por decreto, pelo menos em nenhuma parte do mundo democrático capitalista.

Tenho sofrido severas críticas, quando alerto o Governo Bolsonaro a replicar o milagre econômico do Governo Lula.

O tema é mega espinhoso, mas eu adoro opinar nesse limiar fronteiriço, sinceramente não tenho receio de críticas.

Ora, em junho de 2003 (há 16 anos) após seis meses de governo Lula, o País alcançou o seu maior crescimento, o que perdurou até o ano de 2009/10.

Depois disso, entramos em declínio, mas de forma lenta (em termos de empregabilidade) passando a crescer o desemprego após 2013 (5,7mi) explodindo em 2015/16 (11,8mi).

O que podemos aproveitar desse exemplo?

Eu acompanho o mercado de trabalho desde que me entendo de gente, considere aos 16 anos (hoje estou com 51) e todos os movimentos (com real eficácia) que assisti foram gerados por macro projetos, obras de grande porte, infra estrutura. A infra é que tira o País desse cenário de buraco negro do desemprego.

Isso ocorre, porque a empregabilidade em larga escala acontece e movimenta uma cadeia de negócios periféricos que naturalmente demandam de muita mão de obra e de horas de trabalho.

O milagre de 2003 (Era Lula) somente foi alcançado – quanto a geração de empregos – por conta dessas grandes obras.


Mas.. muitos dizem, Lula torrou 500 bilhões para fazer isso. Bem, isso é detalhe. É verdade que o Lula buscou atalhos, criou mecanismos que desaguaram na famosa operação lava-jato, que já sabemos o fim, mas nada disso desmonta o foco nas grandes obras.

O Brasil precisa de grandes obras, tem carência disso.

Ao me referir as grandes obras, estou me referindo também a obras necessárias e sustentáveis, que se paguem, e que se crie todo um exército de captação de recursos externos (investimentos) dando o País o aval e a segurança de que os contratos serão cumpridos.

Precisamos sim, de um PROGRAMA DE INVESTIMENTO NA INFRAESTRUTURA DO BRASIL (PIIB), não apenas para geração de empregos, mas para solução de inúmeros problemas, cito como exemplo a locomoção das pessoas e o escoamento da produção em geral.

Não temos a quantidade necessária de estradas, nem de portos (marítimos e fluviais), nem de aeroportos, existe uma tremenda carência de consumo, etc.

Se houver uma iniciativa séria, que consiga captar investimentos externos, focada em projetos realmente necessários e que se paguem, ai sim conseguiremos o verdadeiro milagre econômico na geração de emprego e renda.

Na Era Lula, a classe média teve o seu poder de compra aumentado em 6,8 vezes e isso também é o motivo de tantos empregos gerados, porque a economia passa a girar e as compras realizadas são pagas – não ocorrendo o calote institucionalizado que estamos enfrentando a meia década.

Feliz primeiro de maio de 2019 e espero que o de 2020 seja bem melhor do que este!

*Eu nunca votei no Partido dos Trabalhadores, muito menos em Lula.

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