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Sexta, 29 de março de 2024

Sesi prevê 7.2 mi de técnicos para 2015. O que fazer?

Por Marcos Alencar Replicamos um artigo escrito anteriormente, mas que se ajusta a esta notícia do Portal da Indústria. Neste artigo, buscamos retratar o aspecto do “trabalhismo” num dos Estados que mais cresce no País. O que sugerimos de solução para Pernambuco, pode servir para outros Estados que crescem menos, mas que enfrentam as mesmas dificuldades de ter a vaga ao emprego e faltar-lhe o profissional qualificado para ocupá-la. Capacitar e investir são iniciativas que devem caminhar juntas. Isso porque a carência de profissionais qualificados nos níveis técnico e operacional é uma realidade que tem preocupado investidores privados e gestores públicos. A constatação é uma das premissas da pesquisa “A Carência de Profissionais no Brasil” da Fundação Dom Cabral (FDC). Na tentativa de superar esse cenário e garantir o ritmo de crescimento, o governo de Pernambuco, tem realizado iniciativas positivas, a exemplo do programa Novos Talentos, lançado no último mês de maio de 2012, em parceria com o Senai e Senac. O estudo da FDC ouviu 130 empresas de grande porte nas cinco regiões nacionais. Os resultados indicaram uma generalização na dificuldade para contratar profissionais nas corporações que atuam em todo território brasileiro e até mesmo em outros países. De acordo com a pesquisa, no Nordeste 91% das empresas enfrentam obstáculos para realizar contratações, sendo a falta de qualificação o maior entrave apontado por elas. No programa, apresentado pelo governo de Pernambuco, serão oferecidas cerca de 5 mil vagas em cursos profissionalizantes, destinadas a quem tem idade mínima de 18 anos. Entendo que ações como essa são importantes, mas, é preciso que o governo e a iniciativa privada unam-se para capacitar mais pessoas. Precisamos pensar em alternativas que sejam implementadas a curto prazo, porque devemos chegar a um ponto de equilíbrio, evitando que a mão de obra do pernambucano perca espaço para pessoas de outras regiões. As áreas técnica e operacional são as que apresentam menos profissionais capacitados, conforme aponta a pesquisa da FDC. É importante analisar e considerar as estratégias, utilizadas por países como a China, para manter o ritmo de crescimento e como superaram as dificuldades. Mesmo com as oportunidades algumas empresas pernambucanas ainda vivem num regime colonialista, baseadas numa gestão familiar”, isso é um ponto desfavorável. Na realidade que vivemos em Pernambuco, defendo a criação de um órgão estatal que atue com foco na educação profissional. A implantação da Secretária Estadual de Profissionalização seria uma alternativa para que pudéssemos criar e implementar projetos de formação profissional. Suape é um porto de referência internacional, por isso o empresariado deve lembrar que ele (o porto) opera atualmente com aproximadamente 25% de sua capacidade. Quando esse nível aumentar a demanda por mão de obra qualificada será maior, os atuais problemas serão maximizados. No Brasil, os trabalhadores empregados nas atividades técnica e operacional, assim como os que almejam ingressar na área, têm entre 18 e 29 anos, segundo dados da FDC. Essa faixa etária é classificada como pertencente à geração Y (o termo refere-se aos nascidos em meados das décadas de 70 e 90). Na era digital, essa geração, encontra tecnologias que têm facilitado o acesso à informação. Contudo, tais ferramentas apenas serão úteis, caso sejam utilizadas, de forma estratégica para a aquisição de novos conhecimentos. Entendo que precisamos combater o conhecimento “google”, que retrata muitas vezes uma abordagem superficial de alguns assuntos disponíveis na internet. Isso pode comprometer o aprendizado. Os pertencentes à geração Y devem ampliar os conteúdos vistos na web, a partir de uma reflexão mais aprofundada sobre o que ele viu. O importante é agregar valor à informação ampliando-a ao cotidiano profissional. Essa postura reforça as habilidades inerentes à execução de novas atividades. Defendo um mapeamento das vagas que estão disponíveis e o que irá surgir mais adiante. Em seguida, temos que criar escolas profissionalizantes e práticas. A onda de crescimento econômico, não tem tempo para esperar a formação de um profissional em cinco anos. Temos que ter desapego ao diploma superior, principalmente para esta população carente de emprego e de estudo (profissional). Entendo que o mais prudente seria capacitar quanto ao mínimo possível, a fim de inserir esta pessoa no mercado de trabalho, deixando o mercado (o empregador) consciente de que a formação daquele trabalhador foi precária e que eles (juntos) devem buscar um maior conhecimento no curso do contrato de trabalho. Temos excelentes experiências na área das video-aulas, cito como exemplo as escolas jurídicas que usam esta forma de ensino para o exame preparatório da prova da Ordem dos Advogados do Brasil. É importante termos educação e formação de qualidade, este deve ser o parâmetro. Porém, vivemos uma situação emergencial, que os profissionais escolhem aonde trabalhar (lei da oferta e da procura) e os que não possuem formação e nem experiência, ficam marginalizados ( a margem) assistindo a “banda passar”, os empregos existem, as pessoas querem trabalhar, mas falta-lhes o conhecimento. Em data recente, temos o estudo do SESI que retrata a necessidade da indústria de 7.2 milhões de técnicos até 2015. Diante desse fenômeno, momentâneo, precisamos de uma ação de governo para emergencialmente capacitar essas pessoas, num multirão educacional profissionalizante. Sem que isso seja feito, corremos o risco de termos futuros bons profissionais de formação e não haver mais a oferta de empregos que hoje se apresenta. Sds Marcos Alencar  ]]>

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